
não parti a caminho, nem consegui explodir e perder as palavras contidas no centro da praça de todos. a última vez que me vi a caminho ia debilitado fisicamente. sinto-me, por agora, debilitado sentimentalmente, não me doem os pés, nem tenho bolhas do caminho mas o coração está apertado e nem eu nem ninguém me pode dar ar se eu não o quiser.
- recuso-me a não querer ar.
- recuso-me a ter mais pés que coração.
- recuso-me a abandonar as asas que deus me deu.
- recuso-me a dizer o que deve ser dito, recuso-me ainda mais a não dizer o que não deve ser dito
- recuso-me a ter medo do meu caminho, por mais escuro, estreito, difícil que ele seja
- recuso-me a ter medo de escutar demasiado perto o coração de quem me ama
Um comentário:
às vezes pelo caminho há curvas que não estávamos à espera, e declives que parecem enormes. são maiores as mãos que se nos dão. gosto muito de ti. entraste de mão na minha mão no obradoiro. e estou ao teu lado seja qual for o caminho. estende o braço...
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