sexta-feira, 14 de setembro de 2007


não parti a caminho, nem consegui explodir e perder as palavras contidas no centro da praça de todos. a última vez que me vi a caminho ia debilitado fisicamente. sinto-me, por agora, debilitado sentimentalmente, não me doem os pés, nem tenho bolhas do caminho mas o coração está apertado e nem eu nem ninguém me pode dar ar se eu não o quiser.

- recuso-me a não querer ar.

- recuso-me a ter mais pés que coração.

- recuso-me a abandonar as asas que deus me deu.

- recuso-me a dizer o que deve ser dito, recuso-me ainda mais a não dizer o que não deve ser dito

- recuso-me a ter medo do meu caminho, por mais escuro, estreito, difícil que ele seja

- recuso-me a ter medo de escutar demasiado perto o coração de quem me ama